Translate

terça-feira, 2 de agosto de 2022

Christiane F., 13 anos, drogada e prostituída: a mulher que inspirou o filme e o livro, 40 anos depois

 






Christiane Vera Felscherinow
 é uma das principais figuras da cultura underground da história. Nos anos 1980, sua história dominou o mundo: a adaptação cinematográfica de seu livro autobiográfico “Christiane F., 13 anos, drogada e prostituída”, dirigida por Uli Edel e estrelada por Natja Brunckhorst se tornou um símbolo dos últimos anos da Guerra Fria.



A adolescente habitante de uma Berlim caótica e dividida relatou sua adolescência trágica. Aos treze anos, Christiane já era viciada em opioides e se prostituía.

 






Sua história, eternizada em livro e em filme ao som de David Bowie, fez com que ela se tornasse um ícone da figura pop e o símbolo de uma luta contra as drogas dentro da sociedade capitalista. Christiane chegou a iniciar uma carreira como atriz , atuando nos filmes “Neonstadt” (1982) e “Decoder” (1984).

Contudo, ela teve diversas recaídas ao longo dos anos e sua carreira não foi pra frente. Teve filhos e problemas com as autoridades por conta de sua doença, da qual até hoje não se recuperou. Quase 40 anos depois, Christiane F. continua em uma luta contra os opioides.




Em 2013, lançou o livro ‘A Vida, Apesar de Tudo’. Em entrevistas, Christiane disse que sabia que não viveria por muito mais tempo. Mas segue viva, aos 60 anos de idade. 







Christiane F. não faz mais aparições públicas, mas segue vivendo com os royalties de suas obras, que definiram muito sobre o debate sobre drogas na Europa e no resto do mundo. A história da garota de classe média, que vivia em uma família estruturada, e caiu no submundo das drogas e da vida noturna logo na pré-adolescência ainda reflete muito do problema do Ocidente com os opioides. 

O problema de Christiane F. segue sendo grave ao redor do mundo. Nos EUA, mais de 90 mil pessoas morreram por overdoses – em sua maioria por opioides -, em uma tendência de crescimento que não parece ter um fim. O filme de 1981 voltou remasterizado aos cinemas brasileiros e internacionais nesta semana. A obra segue impactante e chocante, mostrando a gravidade da questão das drogas. E vale conferir.

Via Hiperness